foto: Antonio Louro
domingo, 27 de abril de 2008
...
foto: Antonio Louro
sábado, 26 de abril de 2008
apelo à pele
baby,
nosso deslize
merece reprise,
baby, agilize,
faça seu marco
na minha marquise,
pise com força,
baby, barbarize,
[sem crise]
me faça um verso,
verbalize,
ponha o dedo
na ferida,
baby, cicatrize,
venha com calma,
take it easy,
chegue
no meio da noite,
não me avise,
levante meu lençol,
baby,
e deslize.
Poesia: m
foto: Raramago
quarta-feira, 23 de abril de 2008
confissão de febre
lamber tua pele
quem me dera
provar do teu doce
saber o sabor
do teu licor
quem dera fosse
quem me dera
flor
eh, eh pra vc... L*
poesia: m
foto: José Gama
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Infinito amor
Eis que atendeste ao chamado do senhor. Regozija-te com isso, que é de alegria e prazer a casa que te está reservada nos céus. E os espiritos celestes hão de ensinar-te o caminho que ainda é novo para ti; Caminho cheio de graças.
Andarás por alamedas floridas e colherás os frutos das árvores do senhor, e estes estarão sempre doces
A luz do espírito a ti ilumina-rá eternamente. e tu sorrirás, em tua plenitude. E ouvirás a música jamais sonhada pelos que habitam a terra. E tudo será suavidade, harmonia, quietude. Conquistaste finalmente a vida e a liberdade.
Bem-aventurado seja o senhor, por fazer da morte a coroação da vida. Bem-aventurado sejas tu, por finalmente conquistares a felicidade e desfrutares da compainha de nosso Pai.
Eis que vives, e é este o teu mais belo momento de vida.
Dou graças a Deus pelo privilégio de ter sido escolhido, entre tantos, teu parceiro na terra; E escolhido para dizer-te um adeus emocionado, pois agradavél foi o tempo em que estiveste comigo. Meu amor será eterno como eterna minha gratidão, pois os bens do espírito não se perdem jamais.
Consagra-te ao senhor. E tua cabeça há de estar coroada quando repousares sob a sombra da grande árvaore do paraíso.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
oceanos-luz
de tudo dista.
tudo avista.
você diz tanto
sem que eu insista,
mesmo distante,
assim calada,
você diz tanto
quando não diz nada.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
maybe, baby!
baby, talvez amanhã, talvez,
pode ser que eu desista,
dessa falta de assunto
que aqui dentro de mim hesita.
quem sabe, amanhã, quem sabe,
eu não tomo aquele elixir,
feito da água de colônia,
que irriga os jardins
dessa minha babilônia.
quem sabe, amanhã, baby,
não me surge uma outra idéia?
pandora, quimera, pangéia,
investígios dessa origem antiga.
eu partido, eu assim, conjunto,
deuses dançando na chuva,
ao som de uma mesma cantiga.
talvez, amanhã, talvez,
pode ser que eu desista
dessa minha falta de assunto:
quanto mais de mim me separo,
mais me deparo de mim tão junto
poesia: m
foto: Karina
terça-feira, 15 de abril de 2008
Se
E se você quiser
Posso dar um jeito de ser
O que você quiser
Para lhe fazer feliz
E assim, se frio fizer
Em sol me viro
Se você quiser...
E no calor serei a neve
E se chover, deixo lhe molhar
Se você quiser...
E se doer, faço passar
Se não passar, passo pra mim
Se você quiser...
E se chorar, serei seu lenço
E se cair, lhe dou a mão
Se você quiser...
E se sentir medo, eu protejo
E guardo até segredo
Se você quiser...
E se esquecer, eu lembro
E não me permito falhar
Se você quiser...
Uma música
Uma noite
Uma piada
Um sorvete
Um ombro
Um sorriso
Um beijo
Um abraço
Posso dar um jeito de ser
O que você quiser
Para lhe fazer feliz
Enfim, quero que saiba
Que até perco a memória
E invento outra história
Onde melhor lhe caiba
Se você quiser...
para quem anda me f... a alma!
poesia: m
foto: Márcio Machado
segunda-feira, 14 de abril de 2008
domingo, 13 de abril de 2008
Faloupenso
Para pensar como falo
Eu falo então como penso
Se muitas vezes me calo
Parece que fico tenso
Não quero cantar de galo
Nem apelar pro bom senso
Quem duvidar do que falo
É pra saber como penso
Como poder condená-lo
Se aceitá-lo é consenso?
Não pense que me abalo
Eu calo, logo dispenso.
Às vezes penso e não falo
Ou falo, falo e não penso.
Será que penso que falo
E calo, assim eu compenso?
Se penso em tudo e me calo
É por que nem sempre venço.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
come on
conserta essa asa, meu bem,
vê se passa aqui em casa,
vem, vem ver como dorme
essa minha epiderme,
traz a tua, alisa minha,
deleite do meu update,
faz do meu coração
underground um degrau,
faz uma canção, um recital,
que tal um blues, um bolero,
morrer de você é tudo
aquilo o que eu mais quero.
esquece a gravidade da lei,
flutua nua em pêlo meu jardim,
desbrava meu novo planeta,
antes que essa lua cometa
aquele crime de lesa-alma:
um arakiri dentro de mim.
vem, meu bem, sem calma,
vem deitar na minha lama
a sós com os meus lençóis,
vem, que eu faço de você
a mais bela tela de Monet,
ou quem sabe um Kandinski
concretamente abstrato,
ou um hai-kai de Leminski
do nosso tato imediato.
conserta essa asa e vem,
vê se passa aqui em casa,
essa noite nem vou sair,
vem desligar da tomada
o eco dessa tua risada
que não me deixa dormir.
poesia: m
foto: Luís Mendonça
Ainda para quem anda me F... sem penetração
terça-feira, 8 de abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Um mote
É bonito um romance à beira-mar
É bonito se querer
É bonito um romance à beira-mar
Todo amor é bonito de se ver
É bonito um casal de passarinhos
Pela relva à procura de um abrigo
Um lugar mais seguro para o ninho
Onde o ovo não vai correr perigo
Pois enquanto ele sai para caçar no seu vôo veloz e destemido
Ela fica de alerta no lugar
Protegendo o seu filhote querido
É bonito um casal adolescente
Abraçado no banco da pracinha
Num namoro feliz e inocente
Se beijando e pegando na mãozinha
Sem saber se esse amor que agora sente pode ser para a vida inteirinha
Ela jura “eu te amo eternamente”
E ele diz “pois então você é minha”
É bonito um casal enamorado
Envolvido na trama da paixão
Transformar o seu namoro num noivado
Sem se quer procurar opinião
Nesse jogo de amor e sedução caminhar pelas ruas do pecado
Ser xingado, oprimido e criticado
E depois se casar sem permissão
Quando o homem já tá em despedida
E o peso dos anos lhe quebra o porte
É preciso também ter muita sorte
Pra de novo encontrar a pretendida
A metade que lhe foi prometida, ele amarra com um laço muito forte!
Pois,
É bonito amar no fim da vida e querer ser feliz até a morte.
foto: Dinis Cortes
quarta-feira, 2 de abril de 2008
bi-labial
é nos teus lábios
que meus problemas
se tornam amenos,
tanto os grandes
como os pequenos.
poesia: m
foto: Mazé Mixo
terça-feira, 1 de abril de 2008
último romance
em nome da paixão
Nada de novo por dizer, a não ser
Outro amor que invadiu a minha vida pra valer
Quero o perigo da paixão
Por que não ? Meu irmão !
Bem melhor que viver na solidão
Ainda ontem eu era tão triste sem ninguém
Mas, agora...
Ah, agora eu tenho um amor que me quer bem
Geralmente a paixão quando bate é de repente
Invade a gente estranhamente
Num jogo de amor e sedução
O amor é isso, ele é mais que bem mais
Que um compromisso, é submissão
Assumo isso !
E Assim,
Sim !
Em nome da paixão.
poesia: Suelyton Melo
foto: Paulo Almeida