quinta-feira, 12 de junho de 2008

Retiro

Quando o mar, meu confidente,
Empresta o sal à brisa fresca da manhã.
Eu deixo passos fundos na areia branca

Quando a brisa, minha companheira,
Provoca o vai-e-vem das ondas.
Eu miro o sol que brilha sobre nós

Quando o sol, meu defensor,
Mergulha em nuvens para não me enrubescer.
Eu sinto o véu de água sob os pés

Quando a água, minha namorada,
Alisa a areia provocando espuma.
Eu logo mudo a trajetória evitando as ondas

Quando a areia, minha delatora,
Revela o novo rumo que tomei.
Eu busco segurança sobre as pedras

E, quando as pedras, meros figurantes,
Acatam os fortes golpes das ondas do mar.

Eu deito e fico contemplando as nuvens.
poesia: Suelyton Melo

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