Quando pelo desuso da navalha Arquitetar na sombra a despedida Com tudo que é insolvente e provisório Carlos Pena Filho
Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha)
A barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha
Deste mundo que te foi contraditório
Lembra-te que afinal te resta a vida
e de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório.
Foto: José Maria de Carvalho
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
A Solidão e Sua Porta
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